Os critérios ESG estão a mudar tanto a vida das empresas que já se tornou comum ouvir a pergunta: a sua empresa já tem um relatório de sustentabilidade?
Na verdade, há muito que a responsabilidade ambiental e social tem um lugar central na agenda de algumas empresas, mas também no acesso aos apoios financeiros do Portugal 2030. O ESG (Environmental, Social and Governance) é um conjunto de boas práticas que demonstram os impactos ambientais, sociais e de governança das empresas. E desengane-se se pensa que os critérios ESG são apenas um conjunto de normas.
É que a conformidade ambiental e social não só já se tornou essencial como algumas empresas são mesmo obrigadas à divulgação dos seus critérios ESG. Além disso, a adoção de critérios ESG também já distingue no mercado uma empresa competitiva, inovadora e responsável.
Na prática, o sucesso já não é medido apenas financeiramente…
Mas quais são os principais critérios que medem o desempenho ESG? E quais são as obrigações para a sua empresa? O relatório de sustentabilidade ESG é obrigatório ou apenas recomendável? Explicamos-lhe tudo de seguida!
Critérios ESG: O que são?
O quadro regulamentar mudou em 2022, quando a União Europeia adotou a Diretiva de Comunicação de Informações sobre a Sustentabilidade das Empresas (CSRD). Trata-se da Diretiva (UE) 2022/2464, que obriga as empresas a apurar informações de sustentabilidade de acordo com as normas de reporte corporativo ESRS (que pode conhecer melhor aqui).
Com esta diretiva, os relatórios de gestão das empresas devem passar a incluir informações como, por exemplo:
Ambiente
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- Política ambiental;
- Contributos para a Neutralidade Carbónica;
- Sistemas de gestão de consumos e resíduos;
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Social
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- Políticas de contratação de recursos humanos;
- Medidas de conciliação entre vida profissional e pessoal;
- Aumento da paridade de género em cargos de liderança;
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Governança
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- Medidas que assegurem a ética e conformidade das organizações;
- Política de compras responsáveis;
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Os primeiros reportes de sustentabilidade ao abrigo desta nova diretiva europeia vão recair sobre as grandes empresas cotadas e serão feitos em 2025 – com base no exercício fiscal de 2024.
Já as PME estão obrigadas a reportar os seus indicadores de sustentabilidade em 2027, com base no exercício de 2026. Mas esta obrigação só se aplica às PME cotadas, que são cerca de 1000 na Europa.
Então, quer isso dizer que a sua empresa fica dispensada de implementar boas práticas ESG e de qualquer obrigação? Não. E é disso que falaremos a seguir.
Já tem o seu relatório de Sustentabilidade?
É verdade que as grandes empresas e as PME cotadas são obrigadas a produzir e divulgar relatórios de sustentabilidade. Mas isso também acarreta uma responsabilidade para as demais empresas.
Por um lado, as empresas mais competitivas – e atrativas para fornecerem ou serem clientes das grandes empresas – passarão a ser aquelas que produzirem informação sobre a sua sustentabilidade ambiental e social.
Por outro lado, a nova legislação europeia exige um desempenho empresarial sustentável em toda a cadeia de valor. Isto é, os relatórios de sustentabilidade devem incluir informação ambiental e social sobre as cadeias de abastecimento e, por conseguinte, sobre os fornecedores.
Assim, embora não sejam obrigatórias, as exigências de reporte acabarão por se refletir em fornecedores, clientes, parceiros e toda a rede de stakeholders das empresas, não obstante a sua dimensão. Sublinhe-se, no entanto, que a diretiva europeia limita a quantidade e a complexidade de informações pedidas pelas empresas cotadas obrigadas ao reporte.
Ainda assim, a transição para uma economia sustentável e responsável já está em marcha e, brevemente, todas as empresas terão de investir em boas práticas ESG.
Conte com a ESTRATEGOR no caminho da sustentabilidade!
O alinhamento das empresas com os critérios ESG implica a implementação e monitorização de boas práticas relacionadas com a pegada ambiental, a consciência social e a transparência e ética.
A nossa equipa de consultores pode ajudar a sua empresa a implementar sistemas de gestão e outros normativos que contribuem para o sucesso e a diferenciação do seu projeto num mercado cada vez mais competitivo e socialmente consciente.