A Componente 11 do PRR: Descarbonização da Indústria

Numa altura em que Portugal já viu garantido o acesso à primeira fatia do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), continuamos a falar sobre aquele que é, sem dúvida, o documento mais importante para o futuro próximo do nosso país.

Falamos, afinal, de um projeto estratégico que prevê a mobilização de um total de 16.644 milhões de euros até 2026 (dos quais 13.944 milhões serão a fundo perdido e 2.700 milhões através de empréstimos) para a realização de importantes investimentos na nossa Economia.

Da Resiliência à Transição Digital – sem esquecer a Transição Climática – falamos de um Plano multidisciplinar e heterogéneo, que se divide em 20 Componentes (C1 a C20) e que abrange áreas tão diversos como a saúde, o ensino ou a atividade empresarial.

 

Descarbonizar a indústria: uma prioridade

Hoje falamos sobre uma das Componentes mais importantes para os empresários: a Descarbonização da Indústria (C11). Tal como o nome sugere, esta é uma prioridade com um propósito claro: contribuir para o alcance de um ecossistema empresarial neutro em carbono.

Já em concordância com o Plano Nacional Energia e Clima 2030 apresentado à Comissão Europeia, poderemos esperar oportunidades de financiamento que promovam uma indústria com menos gastos energéticos e com uma maior aposta no uso de fontes endógenas.

O PRR irá, deste modo, alocar um total de 715 milhões de euros para a concretização do investimento na Descarbonização da Indústria, iniciativa esta que contará com a liderança do IAPMEI e se dividirá em quatro grandes vertentes:

  • Implementação de novos processos, produtos e modelos de negócio que englobem novas tecnologias de baixo carbono, que incorporem novas matérias-primas, recorram a simbioses industriais, ou que contribuam de outras formas para a descarbonização da indústria.
  • Aumento da eficiência energética na indústria, através da implementação de sistemas para a monitorização e gestão de consumos energéticos e da minimização das emissões de gases associados ao efeito de estufa.
  • Utilização de fontes de energia renováveis, através da promoção do uso de hidrogénio e de gases renováveis sempre que não seja possível incorporar outras tecnologias para a descarbonização das indústrias.
  • Contribuir para a capacitação das empresas, desenvolvendo instrumentos de apoio e informação relativamente às soluções mais eficazes a implementar, assegurando assim um caminho mais facilitado rumo à competitividade e à neutralidade carbónica.

 

Vamos apostar num futuro mais verde?

Ao longo das próximas semanas, deverão surgir notícias sobre novas oportunidades de investimento no âmbito do PRR.

Para ficar a par de mais informações, continue a acompanhar-nos ou entre em contacto connosco!