Portugal: Cada vez mais um Exportador de Serviços

O Défice da Balança Comercial sempre foi um dos problemas crónicos da Economia Portuguesa. Devido a situações económicas, mas sobretudo políticas, a Balança Comercial Portuguesa foi praticamente sempre deficitária durante os séculos XIX e XX. Sendo maioritariamente compostas pelo setor primário na primeira metade do século XX e pelo setor secundário na segunda metade, as exportações portuguesas sempre tiveram um caráter de baixa especialização, face às importações que durante o século XX já eram compostas por bens e serviços de maior especialização.

Durante o século XXI o saldo tem-se invertido – a Balança Comercial registou o primeiro superavit em 2012, não voltando mais a ser deficitária desde então.

No entanto, este saldo apesar de positivo para a Balança tem o seu crescimento bastante assente no crescimento dos serviços. Se olharmos isoladamente o Saldo Comercial relativo a Bens, o mesmo apresenta um défice característico e estrutural. Muitos dos Bens de valor superior e grande volume transacionado no mercado são provenientes de importações (Automóveis, eletrodomésticos, equipamentos eletrónicos, etc). Apesar do salutar crescimento de indústrias tradicionalmente exportadores no país, a recuperação económica e o aumento do poder de compra trazem consigo um aumento do número de importações, mantendo o “estrutural” défice da Balança de Bens.

No setor dos serviços, nas últimas duas décadas, temos assistido a uma autêntica revolução no panorama empresarial português. Entre 1996 e 2018, o saldo da Balança de Serviços cresceu 972%, um feito de assinalável mérito e com especial relevância para a economia portuguesa atualmente.

O tipo de serviços exportados é também completamente disruptivo e em constante evolução. Portugal nos últimos anos encontra-se numa autêntica revolução tecnológica neste setor, já por si tradicionalmente especializado. O surgimento de várias conferências de nível mundial no país, tais como a Web Summit, colocaram Portugal como um player a ter em conta no setor dos serviços e mão de obra altamente especializada.

Para tal, em muito tem contribuído o investimento realizado em I&DT e uma visão de marketing revolucionária, colocando o foco no mercado, em detrimento da empresa.

Os fundos comunitários surgem como um aliado capaz de potenciar este crescimento por si só já acentuado e cada vez mais cimentar as empresas como referências mundiais no seu setor, seja com o apoio a atividades de ID&T ou Inovação, ou com o apoio à Internacionalização e crescimento em mercados Internacionais.

Na Estrategor orgulhamo-nos de, ao longo destes anos, termos acompanhado empresas e contribuído para que se tornassem referências no seu setor.

Caso necessite verificar o enquadramento da sua empresa e projeto nas diversas Medidas do Portugal 2020, conte com a nossa experiência.
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Fonte de dados: Pordata