PRR: Porquê a Resiliência?

Entre 2021 e 2026, Portugal receberá um financiamento total de 16.644 milhões de euros, ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Falamos da famosa ‘bazuca’, dividida em subvenções (13.944 milhões de euros) e empréstimos (2.700 milhões).

Com o objetivo de estruturar os investimentos a realizar, tendo em vista a recuperação económica e a competitividade do tecido empresarial, o PRR orbita em torno de três grandes domínios: a Resiliência, a Transição Climática e a Transição Digital.

Hoje, debruçamos-mos sobre a primeira destas dimensões: a Resiliência, habitualmente definida como a “capacidade de superar” e/ou “recuperar de adversidades”. Neste caso, é fácil compreender o obstáculo: a crise económica gerada pela pandemia de COVID-19.

 

A Resiliência nos seus vários domínios

Concentrando a maior parte das subvenções previstas no PRR, a Resiliência é vista como um instrumento-chave para o alcance dos desafios mais importantes que se adivinham – desde a reação à atual crise, passando pela consolidação da Economia.

Sendo a dimensão mais heterogénea e pluridisciplinar de todo o Plano, incorpora intervenções e medidas em torno de áreas como a Saúde, a Habitação, a Cultura, o Investimento Empresarial, a Qualificação Profissional e a Gestão Hídrica, entre outras.

Exige-se, por isso, que nos próximos anos possamos encontrar um Portugal mais coeso em termos territoriais, munido de um tecido produtivo mais dinâmico e caracterizado por vulnerabilidades sociais cada vez mais esbatidas.

 

As nove componentes da Resiliência

Para o alcance destes objetivos, a dimensão da Resiliência subdivide-se em 9 componentes (C1 a C9), que são as seguintes:

  • Serviço Nacional de Saúde: assegurar um SNS mais capacitado e eficiente, tendo em vista não apenas os futuros desafios demográficos, mas também a contínua inovação tecnológica e terapêutica.
  • Habitação: relançar a política de habitação, consolidando um direito que respeita a toda a população, mediante o aumento da oferta existente e a reabilitação das habitações de famílias mais desfavorecidas.
  • Respostas Sociais: dinamizar respostas sociais adaptadas a populações específicas (como sejam os idosos, crianças e pessoas com deficiência), mas também às famílias, incentivando a natalidade e a conciliação entre a vida pessoal e profissional.
  • Cultura: promover a cultura e o património enquanto motores para a competitividade económica de todas as regiões, numa lógica que possibilite a valorização e coesão dos territórios.
  • Capitalização e Inovação empresarial: dotar as empresas de mecanismos que permitam uma maior competitividade, nomeadamente em matérias como sejam a inovação, a I&D e reconfiguração ou especialização da sua estrutura produtiva.
  • Qualificações e Competências: capacitar o sistema educativo e formativo para o reforço da empregabilidade, com particular ênfase nos jovens, em adultos com baixas qualificações e na igualdade de oportunidades para ambos os géneros.
  • Infraestruturas: potenciar a competitividade do tecido empresarial, alimentar a coesão territorial e diminuir os custos de contexto, através do investimento em infraestruturas.
  • Florestas: prevenir incêndios rurais e garantir o seu combate, mediante a aposta em respostas mais eficientes que assegurem a sustentabilidade e resiliência dos territórios.
  • Gestão Hídrica: concretizar investimentos que permitam combater a escassez hídrica, permitindo que as regiões do Alentejo, Algarve e Madeira preservem a sua competitividade, mesmo em contexto de seca.

 

Junte-se a nós neste período de Resiliência!

Ao longo dos próximos meses, está prevista a abertura de concursos e oportunidades de financiamento para empresas e ideias de negócio. Se gostaria de saber mais informações, fique atento às nossas notícias.

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