ESG: Empresas vão ter de comunicar os seus impactos na sustentabilidade

 

As Grandes Empresas e as PME cotadas vão ser legalmente obrigadas a divulgar informações fidedignas sobre os impactos ambientais, sociais e de governança (ESG) das suas atividades, ao abrigo de uma nova diretiva comunitária.

Falamos da Diretiva de Comunicação de Informações sobre a Sustentabilidade das Empresas (CSRD), cuja entrada em vigor é tida como essencial para o cumprimento do Pacto Ecológico Europeu, promovendo também o combate a práticas como o greenwashing.

Assim sendo, a CSRD implica que as empresas apresentem relatórios objetivos e transparentes que identifiquem práticas de sustentabilidade, bem como eventuais problemas que possam afetar não apenas a organização, mas também as pessoas envolvidas e o meio-ambiente.

Entre as informações a reportar, contam-se as práticas e estratégias relacionadas com:

  • Contributo para a Neutralidade Carbónica;
  • Diminuição de resíduos para aterro;
  • Aumento da paridade de género em cargos de liderança;
  • Medidas que assegurem a ética e conformidade das organizações;
  • Entre outros.

 

Que empresas serão abrangidas?

Os requisitos da nova diretiva serão aplicados a um número cada vez maior de empresas ao longo dos próximos anos. Englobadas nesse calendário estão:

  • Grandes Empresas de Interesse Público: a partir de 1 de janeiro de 2024;
  • Grandes Empresas: 1 de janeiro de 2025;
  • PME listadas, instituições de crédito e seguros: 1 de janeiro de 2026.

Embora a maior parte das PME esteja isenta de apresentar relatórios de sustentabilidade, especialistas ouvidos pelo Jornal de Negócios consideram que também estas empresas terão de implementar boas práticas ESG, a médio prazo.

A razão para tal está no facto de as Grandes Empresas e as PME cotadas terem de apresentar, nos seus relatórios, informações sobre toda a cadeia de valor, nomeadamente sobre as atividades de fornecedores ou entidades parceiras.

 

Quais as vantagens de comunicar a sustentabilidade?

Apesar de a emissão de relatórios ser uma obrigatoriedade legal para as empresas acima referidas, sublinhe-se que esta prática também comporta vantagens competitivas, como por exemplo:

  • Imagem de credibilidade, integridade e inovação no mercado;
  • Obtenção de maior reconhecimento junto de potenciais stakeholders;
  • Maior eficiência energética e de recursos no desenvolvimento das atividades;
  • Colaboradores mais motivados e conscientes do ponto vista social e ambiental;
  • Acesso facilitado a eventuais oportunidades de financiamento;
  • Evita riscos de incumprimento ou coimas.

 

A sua empresa está preparada para os desafios da sustentabilidade?

Como referido, o alinhamento das empresas com os critérios ESG implica a implementação e monitorização de boas práticas relacionadas com a pegada ambiental, a consciência social e a transparência e ética.

A nossa equipa de consultores pode ajudar a sua empresa a implementar sistemas de gestão e outros normativos que contribuem para o sucesso e a diferenciação do seu projeto num mercado cada vez mais competitivo e socialmente consciente.

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