Quais são as competências para a empregabilidade, mais procuradas?
A dificuldade de ajustamento de competências ao mercado de trabalho é um problema com uma expressão significativa a nível global e cuja resolução tarda em chegar.
Assim o confirma o relatório “Hays Global Skills Index 2016”. Baseado numa análise do mercado de trabalho de 33 economias globais verifica-se, pelo 5º ano consecutivo, uma carência de competências face aos requisitos do mercado de trabalho. Não obstante, uma ligeira melhoria da classificação global de Portugal em relação ao ano anterior, o nosso país situa-se entre os quatro países com maior desequilíbrio entre as competências procuradas pelos empregadores e aquelas que os profissionais apresentam.
As consequências deste fenómeno são de gravidade assinalável: se por um lado os empregadores vêem ameaçada a produtividade desejada, por outro, os profissionais disponíveis continuam a ver negada a sua hipótese de progressão ou até de reinserção no mercado de trabalho.
Apesar de complexo, este fenómeno não é irreversível. A aposta clara em programas de formação fados nas competências do futuro é uma das medidas recomendadas
Que competências, afinal, procuram os empregadores?
O relatório “Hays Global Skills Index 2016” alerta para a necessidade de se apostar em na formação no âmbito das denominadas “employability skills”, nomeadamente:
- Capacidade de resolução de problemas
Os empregadores procuram capacidade analítica e capacidade de resolução de problemas. Ou seja, procuram profissionais que assumam responsabilidade pessoal pelo alcance dos objetivos traçados; profissionais que não bloqueiem quando alguma coisa não corre como pretendido ou desejável, mas que sejam capazes de procurar alternativas, formas de ultrapassar o problema; profissionais que sejam capazes de investigar e implementar esses caminhos alternativos. - Capacidade de negociar
Os empregadores procuram profissionais com consciência comercial. É irrefutável que o trabalho de todos os profissionais de uma empresa tem impacto – direto ou indireto – na relação comercial com os clientes.
A capacidade de negociar é uma competência que pode ser desenvolvida! É possível aprender a estabelecer objetivos claros, a ouvir a outra parte, a ter em conta a sua perspetiva e a fazer uso de uma lista de cedências possível. De forma simples, é possível aprender a desenvolver uma relação win-win, promovendo-se assim o equilibro do ganho partilhado. - Capacidade de Comunicar
Comunicar eficazmente é muito mais do que expressar ideias de forma clara. Um bom comunicador sabe escutar e criar empatia. Aplica (bem) a arte de fazer perguntas, sabe dar feedback, elogiar, conversar e escrever.
A boa notícia é que as três competências referidas podem ser desenvolvidas por qualquer profissional. Não são inatas ou exclusivas de alguns!
É possível aprender técnicas e desenvolver estratégias para uma resolução criativa, comprometida e efetiva dos problemas, para uma negociação exímia que fideliza clientes e para uma comunicação eficaz e envolvente.