2020: A digitalização do setor financeiro

Três homens a analisar projetos de investimento.

Todos os anos sentimos que as inovações digitais surgem a um ritmo mais elevado, através da robotização; internet das coisas, inteligência artificial; todas estas aliadas com a constante globalização estão a moldar a forma como as cidades se desenvolvem e como nos ajustámos às realidades e mudanças que vão surgindo.

No campo económico e financeiro estamos a assistir a uma autêntica digitalização de processos e meios. Surgem no mercado cada vez mais Fintech com soluções disruptivas e novas funcionalidades com as quais se procura responder às novas e exigentes solicitações do mercado. Com a entrada destes novos players, o setor bancário tem igualmente procurado digitalizar-se e evoluir de acordo com as solicitações do mercado.

O Setor bancário irá progressivamente abolir processos e métodos que se tornaram obsoletos e desajustados à realidade dos mercados. Uma dessas é a caderneta bancária, método que durante 2019 deixou de permitir realizar a maioria das operações nos balcões das instituições bancárias. Estando nos planos a curto prazo de todos os bancos a sua descontinuidade total. Outro dos meios de pagamento que tem reduzido nos últimos anos são os cheques. Se por um lado os utilizadores dos cheques como meio de pagamento representam menos de 1% da população, a utilização do cheque como meio de pagamento representa cerca de 20% das transações realizadas em Portugal. Tal facto permite concluir que o cheque continua a ser utilizado como meio de pagamento de operações de grande valor e na sua maioria em operações exclusivamente entre empresas.

Tal como o cheque, algumas das operações tradicionais da banca resistem pela sua necessidade e uso no meio empresarial. Enquanto que a nível particular, o perfil do cliente está muito mais focado no digital e nas novas tecnologias, existem ainda algumas operações entre empresas que dado a sua complexidade legal e por vezes montantes avultados, continuam a necessitar da intervenção humana e operacionalização pela via tradicional. Para os clientes particulares, a desburocratização da banca e dos processos bancários são já um fator diferenciador na escolha das instituições com que se relacionam.

A crescente utilização de plataformas digitais para a maioria das transações financeiras conduz a uma nova realidade em termos de segurança nas transações. A exposição online das transações financeiras entre particulares alarga a possibilidade de esquemas de burlas e fraudes. Entre elas estão métodos como o phishing, usado para conseguir dados confidenciais, como o nome de utilizador (username), palavra-chave do cartão bancário (password) e outros elementos pessoais do consumidor.

Relativamente às plataformas utilizadas para acesso também estas são cada vez mais diversas, desde smartphones, smartwatches, smarttvs, existe agora uma imensidão de aparelhos que nos permitem movimentar dinheiro e realizar pagamentos. Fruto desta diversificação de hardware e com a crescente implementação da internet das coisas no nosso quotidiano, é imperativa e essencial o reforço dos meios de segurança de todo os equipamentos e plataformas para a realização destas transações e dessa forma ser possível implementar soluções 100% digitais e autónomas.

 

Fontes:
Executive Digest
Jornal Económico
Dinheiro Vivo

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